Descubra como elas podem proteger tanto os consumidores quanto a economia
O superendividamento é um problema crescente, que atinge várias famílias brasileiras. Em março de 2024, 78,1% dessas famílias afirmaram ter dívidas a vencer. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Investir em educação financeira e aprender a poupar são alguns caminhos interessantes; no entanto, no meio disso tudo, há um componente que pode desempenhar um papel crucial na prevenção desse fenômeno: a adoção de políticas de crédito responsável pelas instituições financeiras.
No conteúdo de hoje, vamos abordar a definição de crédito responsável, a importância da transparência nas condições de negociação, a prevenção do superendividamento e muito mais. Boa leitura!
Antes de oferecer um conceito, te convidamos a fazer uma reflexão. Você é uma daquelas pessoas de gastos desenfreados ou entende seus limites financeiros? Saber isso é importante, porque o crédito (que nada mais é do que dinheiro emprestado pelo banco) pode ser uma solução viável para várias situações, mas também pode se transformar em uma montanha-russa de dívidas.
Nesse contexto, o crédito responsável atua como um conjunto de práticas adotadas por instituições financeiras para garantir que os consumidores tomem empréstimos de forma consciente. Seu principal pressuposto é que o valor concedido seja limitado a uma quantia que o contratante consiga pagar sem comprometer sua saúde financeira.
Há, ainda, um terceiro tipo de pessoa, aquela que detesta os juros dos empréstimos e financiamentos, preferindo uma modalidade que transmita mais segurança. Para esse perfil, o consórcio é o mais indicado. Você paga uma parcela mensal e uma pequena taxa de administração para a manutenção do grupo. É justo, de fácil compreensão e sem burocracias.
Um outro ponto que merece a sua atenção é que as instituições financeiras não emprestam dinheiro para qualquer pessoa. A concessão de crédito responsável exige uma avaliação de risco rigorosa, que leva em consideração a capacidade de pagamento do consumidor, seu histórico de crédito, seus gastos, suas despesas mensais etc. Essa prática é o que chamamos de análise de risco, e é benéfica tanto para as instituições financeiras, que se resguardam em relação ao retorno do montante, quanto para o consumidor, que pode evitar um superendividamento.
E como é feita essa análise? Hoje em dia, existem ferramentas avançadas de inteligência artificial que podem ajudar a prever o comportamento dos clientes, permitindo decisões mais acertadas e minimizando o risco de inadimplência. Porém, por mais que a tecnologia possa auxiliar bastante nessa análise, é imprescindível a transparência de ambas as partes. Os consumidores devem ser informados de maneira clara e compreensível sobre todas as condições do crédito, incluindo taxas de juros, prazos de pagamento, encargos e penalidades por atraso. A falta desse cuidado pode levar à percepção de que o crédito é mais acessível do que realmente é. Por outro lado, o cliente também deve falar sempre a verdade sobre as suas condições financeiras.
Depois de falarmos tudo isso, é claro que não deixaríamos de indicar instituições financeiras que se destacam por adotarem práticas de crédito responsável. Mas, antes disso, um alerta: não caia em golpes! Há quadrilhas que oferecem serviços com fácil acesso, sem a análise devida do perfil do cliente. Isso é um caminho certo para o superendividamento, afinal, você não terá todas as informações e pagará juros altíssimos. Portanto, na dúvida, procure instituições conhecidas, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal – ambas têm iniciativas voltadas para a educação financeira de seus clientes, ajudando-os a compreender melhor o uso do crédito e evitar o endividamento.
E qual o impacto disso na economia e na sociedade? Quando as instituições financeiras adotam práticas responsáveis, a probabilidade de inadimplência diminui, fortalecendo a estabilidade do sistema econômico. Além disso, os consumidores que utilizam o crédito de maneira consciente tendem a ter uma melhor qualidade de vida, contribuindo para uma sociedade mais equilibrada e economicamente saudável.
Se você chegou até aqui, já deu para perceber que a prevenção contra a inadimplência e o superendividamento envolve um esforço conjunto entre instituições financeiras e consumidores. Os bancos devem oferecer produtos de crédito adaptados às necessidades e capacidades dos clientes que, por sua vez, devem compreender os riscos e as responsabilidades associados ao crédito. E os governos não ficam fora dessa! Eles têm o dever de implementar regulamentações que incentivem a transparência e a responsabilidade nos empréstimos. Até a próxima!
Insumos:
Crédito responsável: saiba como e por que aderir | Blog Crédito (serasa.com.br)
Risco de crédito: como funciona e qual é a importância (spcbrasil.org.br)
Tudo sobre Educação Financeira | Educa Mais Brasil